Quatro
de outubro de 2011.
Durante toda a greve,
observamos que o movimento só fez crescer. A cada dia, mais e mais pessoas
avolumavam nossas passeatas. Nossas manifestações passaram a ter caras novas e
vozes mais fortes. Isso se deve ao fato de que a educação é uma causa defendida
por toda sociedade, pois ela transforma. Ela liberta.
Ontem na passeata que
repudiava a TRUCULÊNCIA sofrida pelos professores na Assembleia Legislativa do
Ceará, professores da UECE, UFC, IFCE, movimentos sociais, dentre eles o MST,
fizeram coro à nossa voz. Todos estavam lá pela empatia, Todos sentiam na pele
a mesma humilhação por que passaram os professores na macabra quinta, dia 29 de
setembro.
São essas pessoas que
merecem nossos sinceros agradecimentos. Devemos também destacar o apoio de
todas as associações e entidades que prestaram e estão prestando solidariedade
à nossa causa. Devemos citar, como exemplo, a OAB, pelas atuais intermediações com
o Governo e pela fortaleza nos dada durante os momentos mais delicados do nosso
movimento.
Agradecemos também aos
cidadãos anônimos, que se consternaram durante o nosso trajeto ao Palácio da
Abolição. Pessoas comuns que buzinaram ou que acenaram do alto de seus prédios.
Que nos deram flores em momentos anteriores. Que nos abraçaram. Seres humanos
que nunca perderão a noção da sensibilidade.
Por fim, reconhecemos
também a força de nossos alunos. Verdadeiros co-atores desse movimento. Jovens
que já estão aprendendo que é importante lutar pelo que lhes é de direito. Como
disse um amigo, ninguém será o mesmo depois dessa greve.
Filipe Fontenele Oliveira, Professor de
Língua Portuguesa da Rede Estadual de Ensino
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